Resiliência no processo de recuperação de presos

Iarani Augusta Galúcio Lauxen

Resumo


O homem privado de liberdade passa por um processo de reconhecimento de si no espaço onde vive, encontra-se dentro dos limites humanos e institucionais. O contexto permite-lhe tecer reflexões sobre a condição de sofrimento, ora vivida e compreendida, estabelecendo uma religação na terra e no céu, pelo exercício da espiritualidade, pelo cumprimento da pena e por meio do processo de recuperação. A resiliência aponta o sentido de superar situações traumáticas vivenciadas pelos indivíduos em diversos contextos e sugere estratégias motivadoras para o desenvolvimento na sociedade em que vive, criando resistência diante de condições expostas, propondo-se a recuperação e a mudança. As pessoas privadas de liberdade, por um momento, foram destituídas de seus valores morais, éticos, religiosos e também da sua própria condição de dignidade humana, quando submetidos ao cárcere pelo cometimento de contravenções penais, deparando-se com a dura realidade que os obriga a encontrar consigo mesmo através da condição de sofrimento vivida, expondo-se a violência pessoal e social. O que aconteceu? O que faltou? Quem falhou? De quem é a culpa? É do Estado com uma Política Penitenciária precária? Ou são deles, os presos, que não querem mudar? Insistindo naquele típico discurso que: bandido é sempre bandido! De quem teria sido a responsabilidade de não ter ocorrido a mudança, a superação dessa condição? O resgate de valores ora perdidos podem ser resgatados quando se vivencia os mandamentos, resgatando sua cidadania; os valores de honradez; justiça; responsabilidade; honestidade e integridade, tornando-se sujeitos éticos, deixando despertar a consciência moral, sendo capaz de medir as consequências com responsabilidade, internalizando as mudanças e superando a revitimização promovida pelo sentimento de culpa.

Palavras-chave


Presos; Culpa; Sofrimento; Resiliência

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v32i0.1124

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