Deus e o sofrimento: subsídios para o aconselhamento pastoral.

João Henrique Stumpf

Resumo


O artigo busca refletir sobre a forma que cristãos interpretam a existência do sofrimento na atualidade diante das concepções de Deus que são alimentadas em seus meios. Quais as principais indagações que sofredores/as tem diante do mistério divino? Com o auxílio de teólogos contemporâneos como Andrés Torres Queiruga, Jon Sobrino e Jürgen Moltmann o texto investiga formas de entender a posição do Deus de Jesus Cristo diante do sofrimento de seus filhos e filhas: Como pode um Deus bom e todo poderoso permitir o mal e o sofrimento?  E por fim, a reflexão oferece alguns subsídios teológicos - pastorais para o aconselhamento pastoral em contextos de catástrofes. A partir de Queiruga, somos levados a enxergar a beleza da criação de Deus, mas sem perder de vista suas limitações. A finitude, a provisoriedade, a imperfeição de toda a criação, incluindo a nossa liberdade, bem como, nossa incapacidade em lidar com ela de forma saudável, abrem portas para a entrada do mal e o sofrimento no mundo. Para Queiruga, Deus em hipótese alguma causa o mal ou permite, mas se coloca ao lado dos sofredores para lutar com eles. A compreensão de um Deus impassível, apático e dotado de um poder mágico e sem sentido, não corresponde ao Deus revelado através de Jesus Cristo, o qual se revelou como um Deus apaixonado, sofredor e solidário com as dores experimentadas por seus filhos e filhas. 


Palavras-chave


Sofrimento; Deus amoroso; poimênica

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v40i0.2576

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