Ocultismo e Protestantismo na Islândia: Tendências iconófilas de contextos não-icônicos

Christophe Pons

Resumo


Ao examinar o universo das sociedades psíquicas e dos médiuns na Islândia, este artigo parte de uma dupla constatação. De um lado, o esoterismo moderno gosta de explorar as representações (figurativas, teatrais...) como seu modo privilegiado de expressão e arvora, desta forma, uma forte tendência iconófila, em sentido amplo. Por outro lado, é neste país de tradição reformada que essas vias parecem mais fortemente investidas. Procurando compreender o paradoxo dessa coabitação, o artigo interroga amplamente a ambivalência entre ocultismo e protestantismo, em torno do processo cognitivo de introspecção inventiva. Mas, ao mostrar igualmente como a sociedade islandesa procura representar o invisível sempre que possível, essa tendência figurativa extrapola os quadros exclusivamente ocultistas para afirmar-se socialmente como uma sensibilidade religiosa distintiva.

Palavras-chave


Islândia; Médiuns; Espiritualismo; Protestantismo; Representações; Teatro

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DOI: http://dx.doi.org/10.22351/nepp.v15i0.2059

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